Ele está deitado as 6 da matina Em mais um domingo que segue sua sina Abre seus olhos, olha a calçada Ele sabe que aquela é sua casa! Finge de morto pra si mesmo E dentro da cabeça ele sente o peso! E os transeuntes olham com nojo Como se ele não fizesse parte do todo Ele leu Nietzsche Ele se fodeu! Faz parte de um sistema Que nunca o percebeu Ele é invisível! Poemas de um bêbado Escritos em guardanapos, São verdades absolutas De um coração em farrapos! Poemas de um bêbado Escritos em guardanapos São verdades absolutas De um coração em pedaços! Não é a reportagem da TV É o limbo do underground, démodé Um errante perdedor por aí, assim Aqui, Ali Ele leu Nietzsche Ele se fodeu! Faz parte de um sistema Que nunca o percebeu Ele é invisível Ele é indesejado! Poemas de um bêbado Escritos em guardanapos São verdades absolutas De um coração em farrapos! Poemas de um bêbado Escritos em guardanapos São verdades absolutas De um coração em pedaços! Ele olha para o céu Como se pedisse salvação! Ele passa o chapéu Mas ninguém dá atenção! Mas ninguém dá atenção! Mas ninguém dá atenção