Os Horácios

Invisível

Os Horácios


Ele está deitado as 6 da matina
Em mais um domingo que segue sua sina
Abre seus olhos, olha a calçada
Ele sabe que aquela é sua casa!

Finge de morto pra si mesmo
E dentro da cabeça ele sente o peso!
E os transeuntes olham com nojo
Como se ele não fizesse parte do todo

Ele leu Nietzsche
Ele se fodeu!
Faz parte de um sistema
Que nunca o percebeu
Ele é invisível!

Poemas de um bêbado
Escritos em guardanapos, São verdades absolutas
De um coração em farrapos!

Poemas de um bêbado
Escritos em guardanapos
São verdades absolutas
De um coração em pedaços!

Não é a reportagem da TV
É o limbo do underground, démodé
Um errante perdedor por aí, assim
Aqui, Ali

Ele leu Nietzsche
Ele se fodeu!
Faz parte de um sistema
Que nunca o percebeu
Ele é invisível
Ele é indesejado!

Poemas de um bêbado
Escritos em guardanapos
São verdades absolutas
De um coração em farrapos!

Poemas de um bêbado
Escritos em guardanapos
São verdades absolutas
De um coração em pedaços!

Ele olha para o céu
Como se pedisse salvação!
Ele passa o chapéu
Mas ninguém dá atenção!
Mas ninguém dá atenção!
Mas ninguém dá atenção