É um grito que da terra se levanta Pela garganta do minuano a soluçar Nessa cantiga crioula que se canta Anda querência sozinha a galopar Alma perdida do gaúcho que se foi Rincão afora estradeando a solidão Ouço os gritos de saudade de êra boi! Que brota do meu fogo de chão As melodias em reponte com meu grito Andam perdidas pelo mundo das estâncias Céu azul espichado ao infinito Alumiando a cumeeira dos galpões São carretas vadiano o cambalaço Assoreado dos bois, triste cantiga Velhos deixos de ventos sobre os rastros Ante a fúria do minuano que castiga Esperança que fugiu e que se vai Sumindo no horizonte lentamente O murmúrio que se ouve da vertente Da velha sanga derramando no Uruguai