Os Filhos da Fronteira

Zé Lobisomem

Os Filhos da Fronteira


Alô, moçada, eu não vou pedir licença
Porque minha paciência não me deixa humilhar
Eu sou Goiano, sou caboclo revoltôso
E eu fico muito nervoso quando eu fico sem brigar

Dou capoeira, minha perna dessegura
Brigo na noite escura e sou caboclo muito homem
Fico contente quando eu encontro uma intriga
E estando dentro da briga não tenho sede nem fome

Eu sou rebelde, filho de raça ruim
Quem quiser me dar um fim vai ter sarna pra coçar
Falo a verdade, pode acreditar seu moço
Neto do quebra pescoço gosto muito de brigar

Sou reliento, sou filho de boa gente
Meu pai é o Parada quente, sou irmão do quebra tudo
Cadê os Mineiros donos dos xotes atrevidos
Que hoje estão escondidos eu acabei com os topetudos

Já briguei muito, já fiz muita confusão
Mais é a obrigação mostrar como a gente faz
Sinceramente eu gosto de reliar
Eu sou lá de Jaraguá, do rico chão de Goiás

Não brigo mais os Mineiros arriaram
E os valentes se acabaram então vou contar meu nome
Fique sabendo que sou um Goiano de raça
Briga comigo, não caça respeite o Zé Lobisomem