Alô, Moçada, estou chegando o que que há Não adianta arrepiar e nem olhar atravessado Quando alguém me olha de cara feia Meu sangue ferve na veia e eu fico descontrolado Eu sou Goiano, Sou caboclo impertinente Sou pior do que a serpente e não ligo pro assar O meu destino é só viver viajando Em toda parte, procurando valentão pra disputar Saí de casa, andando sem paradeiro Encontrei no chão Mineiro um cabra querendo brigar Chamei de mato, fui logo dizendo assim Aqui não vai nascer capim, que nós dois vamos em rolar Peguei o cabra, logo dei nele uma coça E deixei ele na roça, na beirada de uma grota Ele jemia naquele exato momento E eu fui ver os documentos, era o parada torta (Ó, quando eu chego numa festança) (Eu vou até o dia amanhecer, moçada) Um dia, desses, encontrei com dois valentes E a parada foi bem quente lá na beira de um grotão Cada rasteira que eu dava, eles caíam E de dor até jemia e rolava pelo chão Em um segundo de cara beira rasteira Ponta-pé e capoeira, também alguns telequete Pelo jeito que era a estatura Era o parada dura junto com o quebra topete (Ó, moçada, esse caboclo é apaixonado) Depois de um mês, ao chegar no povoado Encontrei um baile animado na casa de um valentão Eu fui chegando e, de cara, fui dançar Eles começaram a manjar, não achando aquilo bom Parei a dança, fui logo dando rasteira Joguei todos na poeira e fui olhar a misturada Eu sou Goiano, me chamo, quebra pescoço Brigo sem fazer esforço, de cara, até infernada