Não carrego o mal comigo Nem odeio o semelhante Nunca corro do perigo Pois em mim sou confiante Tocando a minha boiada No turbilhão de poeira Levando a jornada inteira Pensando no amor distante Ai, ai, ouvindo o som do berrante Canto o amor e prego a paz Que trago no peito amante A morte não me apraz Acho a vida interessante Deixando atrás a pousada Passando na currutela Vejo a deusa na janela Me despeço e vou avante Ai, ai, ouvindo o som do berrante A boiada se esparrama Nas campinas verdejantes No sentido de quem ama Voa longe num instante A noite desce de manso Cobrindo de negro as estradas Não vejo a imagem amada Do amor que é constante Ai, ai, ouvindo o som do berrante