Sou gaúcho da terra nativa Que sempre cultiva nossa tradição Sou gaúcho e o pago me inspira Faço versos com devoção Canto o lirismo e as glorias do pago Rio grande querido do meu coração Onde chego sou bem recebido E sou conhecido por este rincão Aceno a todos com gesto de afago E tomo um trago e um bom chimarrão Conservo o respeito ao velho rio grande E amor a querência e a tradição Muitas prendas jogaram pealo Tentando prender este meu coração Não cai, pois sou muito matreiro E olhar caborteiro não me pega não Sou conhecido por índio gaudério Por todos os cantos deste meu torrão Sou a voz que eleva meu pago Pisando firme sobre a mesma trilha Sou ginete da espora afiada Cortando um potro do queixo a virilha Sou quero-quero vigia charrua Tranqueando no tope de uma coxilha