Eu já me via tão cansado Daquelas aulas de religião E de entrar na secretaria Só pra sair capengando E o senhor me tacando pedras Como em formas de palavras E esses quadros aí pintados São só aqueles que não podem se mover Que não podem se mover Eu já me via tão cansado Dos sacramentos e das mentiras Enrustidas na velha manga Do seu belo casaco de pelúcia E o fruto da minha mesa Era achar e não ter certeza E o fruto da minha mesa Era pensar e não ter certeza Mas quando eu vi o céu Eu não vi nenhuma cruz Quando eu vi o céu Não tinha ouro acumulado Quando eu vi o céu Quando eu vi o céu Não vi leis ou instituições Quando eu vi o céu Tudo era tão simples Pois pensavamos como em um só Pois todos eramos como em só um E o fruto da minha mesa Era achar e não ter certeza E o fruto da minha mesa Era pensar e não ter certeza Data: 27/ Setembro. 2006 \o /