Só a eutanásia vai salvar Um sonho em coma da humilhação De existir por piedade Com orgulho e sem vontade Eu fico até voltar ao pó Sigo em frente cada vez mais só O penitente inabalável Não perde a fé, mas sente o cansaço Apesar de esmurrar o muro O muro segue no lugar Não existe restrição de idade Para transforma decepção em arte Mas nesse caso já é tarde No final da estrada, pouco me sobrou Alguns amigos, lembranças e um amor Não há mais dor Rachar as contas com a mesma mulher E gastar meus dias numa vida qualquer É difícil reprimir minha megalomania Pequenas glórias e um grande fracasso A cortina cai e alguns aplausos Condenam meu nome ao passado No final da estrada, pouco me sobrou Alguns amigos, lembranças e um amor Não há mais dor