Eu trago comigo um canto serrano Que até o fim do ano eu volto pra lá Eu trago comigo a chama dos pirilampos E o perfume dos campos que existe por lá. O frio da serra até quando neva É bonito de olhar Faça o fogo de nó de pinho Pois quem vive sozinho Não tem medo de amar Eu trago comigo a voz dos gaiteiros Que a sombra dos pinheiros vivia cantar Eu trago comigo o cheiro da terra Onde o touro berra pra longe escutar Eu trago comigo patacas de ouro Badanas de couro pra nada faltar Eu trago comigo carreta e cargueiro Que os velhos tropeiros deixaram por lá. O frio da serra até quando neva É bonito de olhar Faça o fogo de nó de pinho Pois quem vive sozinho Não tem medo de amar