De manhã cedo quando o gaúcho levanta Esquente a água para o seu chimarrão Pega uma bomba de prata bocal de ouro Cuia porongo que ele mesmo fez a mão Enche de erva cancheada por mão de mestre E a peonada rodeia o fogo de chão Trempe de ferro para esquentar a chaleira Que esfumaçada tá preta pelo carvão Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande Durante o dia o gaúcho faz sua lida Lida de campo repontando uma boiada Laçando gado montado em seu cavalo No campo afora se ouve o grito da peonada No fim do dia retorna para seu rancho Volta contente de ter comprido a jornada E a patroa vai lá no fogo de chão Traz a chaleira e o amargo bem cevado Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande Sábado à noite sai fandango macanudo Bem animado com gaitinha de botão Faz um costado o violão e o pandeiro E a peonada dançando lá no galpão Gaúcho velho dança o xote e a rancheira Dança uma valsa, a milonga e o vanerão Lá pelas tantas o peão convida a prenda Vai pra cozinha saborear o chimarrão Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande Chaleira preta, cuia bem grande O chimarrão é a tradição do Rio Grande