Porteira velha, que há muito existe Nessa passagem para o meu rincão Eu resolvi cantar esses meus versos Enquanto pasta o meu alazão Sentado junto de tua tronqueira Vou relembrando com grande emoção No intervalo de cada verso Eu vou tomando um bom chimarrão! Sinto saudade do tempo passado E outras vezes quando regressei Levando tropas para outro lado Ou mesmo quando por aqui passei Assobiando uma canção gaúcha Tinindo a espora muito viajei Mais como é belo recordar Porteira velha nunca esquecerei Uma lembrança que me invade a alma Que se agiganta dentro do meu peito Diversas vezes com a prenda linda Aqui eu passei muito satisfeito Puxando o pingo e pra ela sorrindo Fechando as varas com muito jeito Somente tu, oh velha porteira É testemunha desse amor perfeito Porteira velha relíquia do pago Tua existência faz me alegrar A muito tempo que aqui não vinha Para a saudade no peito matar Aproveitando a oportunidade A gauchada quero alertar Nossa porteira da tradição Não podemos deixar se quebrar