Vou proferir o teu nome como um mago Tornar-te obra de saramago Vou calar os pardais daquele pátio em ruinas Que e tão mau como esse pacto que tu assinas Sou compositor de viela Não escrevo nenhuma cinderela Mas consigo fazer com que a dor pareça bela Vou tornar-te vinho tinto E dar-te a provar aos deuses gregos em que já ninguém crê Vou ser o homem menino O pobre coitadinho reles, porco, fútil, vil e sempre badalhoquinho E la tas tu com o que resta da ponta de um cigarro Presa á boca seca sem nada que implora para ser beijada E la tas tu com o pranto de mulher De me fazer parecer lixo preso ao teu coração em mágoa afogado que implora ser amado Tornar-te-ei algo mais Vou percorrer o teu caminho Vou ser alguém Vou-te tentar encontrar Vou escrever para te cantar em verso lambido quase falado para ir mais além daquilo que e o fado