A novinha me perguntou Onde é que eu fui criado Resolvi falar pra ela Um pouco do meu passado Vaqueiro do sertão Caboclo apaixonado Nasci lá no pé da serra Me criei no meio do gado Tomando banho de cacimba Lá mesmo matando a sede Bebendo leite de vaca Comendo cuscuz e milho verde Montando em cavalo bravo Rolando em cima da sela Ouvindo o cantar do galo E o bater da cancela Eu vim lá do sertão, não tenho estudo Nessa cidade eu sou chamado de matuto Perto de um doutor, não sou ninguém Mas lá no meio do mato eu sou doutor também