Vi certo dia um profeta Dedilhando um violão Fazendo versos tão triste Qual luz rompe a escuridão Cantou sobre a fome e a lida Mistérios da imensidão Vi um velho boiadeiro De gibão alumioso Guiando um novo rebanho De fé de esperança e gozo Trazendo no seu alforje Seu destino glorioso Versando a vida e o homem Criava o grande poeta Vi suas benditas mão Na rima pura e correta Falava do homem comum E sua dor encoberta E o guerreiro da justiça A fome e a morte, venceu Travando a peleja dura Vi o sonho que era seu Cruzando o peito um rosário Das balas que Deus lhe deu