Volante afora eu fujo Neste desterro de morte e seca A faca, a lâmina acesa Afaga o último grito Alma em vão Vou queimar sertão inteiro Fogo perpétuo e lunar E no grito derradeiro Nosso deus pai vai cantar Um canto novo e imutável Um canto perfeito e sem temor Um canto tranquilo e confortável Um hino eterno de Xangô Na guerra do fogo santo Brilha o sol impessoal O homem tece o seu lamento No seu cantar tropical Um canto novo e imutável Um canto perfeito e sem temor Um canto tranquilo e confortável Um hino eterno de Xangô Ruge o céu sobre degredos Homens numa procissão Rumo ao lar dos desvalidos Entoando uma canção