Só vem ver o que é que a terra deu Força pra arrancar, torce até gemer Com papel, risca a maldição Corrente nos meus pés, saudade nas minhas mãos E eu sei que um dia voltarei Com a vitória em riste e prumo pro leste das minhas memórias Eu descansarei e julgarei As feridas que aceitei Verdade eu vi, dor que permiti Que sorrindo ele cavasse a mentira Na minha própria pele Com risca de giz Carrego quente a cicatriz Sol, beija a alvorada e olha Pro tempo vivo com sensatez Ternura e rigidez Que a tribuna se arma! Vem, partilha das tuas memórias Adentra a chama da história Diz: Quem é que te castigou? Quem assinou a papelada? Vai, aceita essa humilde oferta Que tá de portas abertas Vai, deixamos tudo pra lá Só vem ver o que é que a terra deu Força pra arrancar, torce até gemer Com papel, risca a maldição Corrente nos meus pés Contracheque nas minhas mãos E eu sei que um dia voltarei Com a vitória em riste e Prumo pro leste das minhas memórias Eu descansarei e julgarei As feridas que aceitei Verdade eu vi, dor que permiti Que sorrindo ele cavasse a mentira Na minha própria pele Com risca de giz Carrego quente a cicatriz