Desde que ecoou num barco negreiro Até ao batucar atual do nosso pandeiro A mão pesada não calou o tambor Na busca e esperança de justiça e amor Cordas e correntes não calaram a voz Herança e resistência de nossos avós Hoje cantamos para os demais Relembrando os nossos ancestrais É o samba que corre na veia É o samba do embaixador Cartola e Candeia Atinge o coração à velocidade da luz É o samba que carrega a nossa cruz Samba de Ivone Lara e João Nogueira Atravessou mares até Madureira Sobreviveu ao longo dos anos Ai, meu querido samba do Cacique de Ramos Sua celebração é em volta da mesa No cantar, num cavaco, violão e cerveja Quem esteve lá, sabe o que eu digo É lá que reunimos família e amigos Quem quiser chegar, que venha em paz Homens, mulheres, crianças, ninguém fica pra trás Vamos cantar num só láiá, láiá, laiá, láiá E esse samba imortalizar É o samba que corre na veia É o samba do embaixador Cartola e Candeia Atinge o coração à velocidade da luz É o samba que carrega a nossa cruz Samba de Ivone Lara e João Nogueira Atravessou mares até Madureira Sobreviveu ao longo dos anos Ai, o meu querido samba do Cacique de Ramos É o samba que unifica numa só bandeira Império Serrano, Salgueiro e Mangueira É o samba que traz gente de todo o lugar Da Tijuca ao pioneiro Estácio de Sá Ele não deixa ninguém indiferente De Vila Isabel, Mocidade Independente A sua pintura é uma linda aquarela Confesso que amo o azul da minha Portela