Os dias passam Rosas madrugam Os dias passam Os dias passam Janelas inúteis Esburacam edifícios Os dias passam Os dias passam Prédios cinzentos Escondem rosas Os dias passam Os dias passam Orvalho de lágrimas Pétalas ao vento Os dias passam Os dias passam Terraços vermelhos São mares de rosas Os dias passam Os dias passam Espinhos dementes desmentem rosas Mas espinhos não bebem sangue Espinhos dementes desmentem rosas Mas espinhos não bebem sangue Os dias passam, passam Rosas não, rosas não Rosas permanecem Na memória de quem as toca E se machuca