Orestes Barbosa

Meu erro

Orestes Barbosa


Fiz mal, confesso o meu erro
Chorando no meu desterro
A alma não sabe o que quer

E a dor é que me suplanta
A voz de amor na garganta
Por causa desta mulher

Eu tento dizer no canto 
A mágoa que fulge tanto 
Que a minha vida mudou

E a frase mais linda e louca
Cortada fica na boca 
Porque o soluço cortou 

Tu tens no peito um castigo
Que eu tão  triste imagino 
As noites do teu fulgor

No meio das luzes loucas
Servindo de boca em boca 
O vinho do teu amor

E ao ver a tua  alegria 
No cambio da hipocrisia
Mercadejando  ilusão

Fico a pensar no que disse
Fico a pensar na  tolice 
Da  gente ter coração