Cigarro, fumaça e mulheres Homens de pedra vestindo ouro e prata Visionários de terno e gravata Carros, trapaça, dinheiro E roupas caras em peles baratas O lixo e o luxo, fortuna, tortura Amor, veneno ou cura? O limpo e o sujo no mundo de leigos O castelo de pedra no mundo de lego O belo e o feio No mundos de cegos O certo e o errado num mundo de egos Ilusões são provas Corações são obras eternas Feitas em pedra Traições são cobras na terra Paixões, sobras de merda Juízes no banco do réu Enquanto poeta sangra o papel Portanto, quantos morreram no certo Santos no inferno ou demônios no céu? O mal do século é a solidão Não sozinho, mas em união O mal do orgulho é nunca sabermos Se ele nos salva Ou nos priva da libertação O mal do século é a solidão Não sozinho mas em união O mal do orgulho é nunca sabermos Se ele nos salva Ou nos priva da libertação Enquanto poeta sangra o papel Portanto, quantos morreram no certo Santos no inferno ou demônios no céu? Enquanto a neve embaça Sociedade dos poetas loucos Babilônia em meio a fumaça A morte passa, desgraça por aqui é lei Quem mais trapaça se torna rei Me diga, o que temos por dentro? Carne, sangue, algum sentimento Me abraça, se aquece Relaxa o estresse Se hoje o inferno sobe Eu prometo que o céu também desce Que o seu braço Tece suporte Que o sul faça sol forte E sua prece me passa Sorte Sem febre, sem fome Sem pressa o amor te consome Sem história, sem nome Sou mais uma alma no microfone Visando futuros incertos Fantasmas de vidas passadas É isso que somos, mordonos É isso que somos, mais nada Vivendo do que nunca seremos Pensando no que já fomos Escravos dos próprios sonhos Enquanto poeta sangra o papel Por tanto, quantos morreram no certo Santos no inferno ou demônios no céu? O mal do século é a solidão Não sozinho, mas em união O mal do orgulho é nunca sabermos Se ele nos salva Ou nos priva da libertação Já vi uma casa de duzentos anos Tremer com a força do mar Já vi um homem que venceu dez guerras Se perder em um único olhar Aquele tempo que já passou O mesmo que nos uniu É o que hoje nos separou Enquanto eu me mato No que me deu vida E vivo do que já passou Cada dia, uma semana E cada semana já se foi um mês Alguns envelhecem um ano por vez Eu morro de três em três O amor é como a guerra Ou vivemos do que ele nos deu Ou morremos pelo que nos fez