Quando a mente é mais forte que o homem É quando a loucura te faz mais normal Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! Veja, o limbo é real Sua cabeça, seu pior rival! Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! Veja, o limbo é real Sua cabeça, seu pior rival! Eu vendi minha alma Na encruzilhada E fumei só saudade Semana passada! Trombei com demônios, vestindo memórias Rasgadas no fundo da trama! Encontrei meus sonhos na esquina E anjos, sem asas em pele humana! E passos, e sonhos, mais nada Por nada e por cada um deles fiz tudo E quis tudo sem espada, estudo nem escudo Na estrada aflito! Tal mudo, diz nada Com um grito Em todo caso eu sou acaso que vem Um mago do bem Eu sempre vago no além, e ali Todo dia eu nasço e morro Eu traço de novo, então eu faço meu jogo Aqui Caído perdido, saudoso ao passado O silêncio é o machado, se o rap é minha vida O carrasco me mata calado E eu vi Incertos, tão espertos, insetos da lei! Sempre cegos, inflando egos, montando castelos De lego do rei Um crime perfeito e um capanga Tão tortas as gotas da chuva As placas que avisam a curva Os truques do mago, as cartas na manga Os pingos de chuva na viela turva Eu fiz meu papel traçando papel Também conheci, quem vendia papel E por falta de outra escolha Acabou no banco do réu Onde o céu é escuro o suor escasso Mas teu sonho só depende de um passo! (Um abraço) pra quem faz, pra quem foi pra quem jaz E pra quem tá do meu lado Até quando nem meu lado ta aqui mais! Até quando nem meu lado ta aqui mais Quando a mente é mais forte que o homem É quando a loucura te faz mais normal Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! Veja, o limbo é real Sua cabeça, seu pior rival! Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! E na noite mais fria, no primeira dia De uma semana no fim de outubro Eu vi o limbo me consumir Um segundo antes de dormir! Quem foi que inventou a dor e o ódio? Quem descobriu a porta do inferno Ou quem descobriu a criança no inverno? Me diga quem nos privou de pensar Que talvez tudo isso, talvez algo nisso E cada parte do nada que sentimos Disso Seja apenas um sonho no lado de lá! Deixar de viver, por medo da morte É deixar de dormir, temendo acordar! Vim de onde, o onde nem veio De onde quem faz não se esconde Independe do bonde e responde As merda da vida com dedo do meio! Trilhei o caminho do meio Em meio a essa aflição Então aprendi, me rendi, me desprendi da carga Juntei esse bando de merda, joguei na privada e Descarga! No espelho eu me espelho, incedeio A cidade, sem alarde Com olho vermelho e fechado Eu enxergo caos e maldade! Quando dobro do que eu penso Já o triplo do metade Do imenso que eu escrevo Sendo escravo da verdade! A equação da diferença Já não encontra sua igualdade E arde, um que de maldade Ao querer da cidade em alarde, parte Do dom da bondade! E eu vejo humanos, não humanidade! Onde chegamos, seguindo a voz? De algo longe tão dentro de nós? Quando a mente é mais forte que o homem É quando a loucura te faz mais normal Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! Veja, o limbo é real Sua cabeça, seu pior rival! Quando a mente é mais forte que o homem É quando a loucura te faz mais normal Veja, o limbo é real Sua certeza, seu ponto final! Veja, o limbo é real Sua cabeça, seu pior rival! Um leão por dia que se vai e eu com fé, prossigo Enquanto o mundo cai meu dedo médio fica em pé, abrigo É meu caderno minha mente E tudo some nada sente, de repente, desligo!