São prazeres virais Sorrisos e carnavais E o foco da missão Nem quem vive lembra mais São prazeres virais Sorrisos e carnavais E o que devia ser eterno Os nóia já nem lembram mais E eu tentei, de tudo que podia Fiz do escudo poesia! Sem saber Que o dia viraria madrugada E eu jurei acreditar Que podia transformar Uma noite estrelada Em um dia sem chorar! E eu chorei Porque sei que um reino forte Não depende só do rei! Me encontrei na viela mais escura Da cidade buscando minha medalha Me botaram na panela mais quente Dessa fornalha, me encherem de promessas Me sobraram só migalhas e a fé de um ateu Me contaram de um reino, uma rainha e uma Princesa, mas o reino ta falido E a princesa nem nasceu! Abortada e esquecida, num canto do Canto triste No fardo de um longo conto Da fada que nem existe! Me fizerem acreditar num sonho Da minha sorte Com uma cama, uma dama e O sol nascendo forte E eu acordei sem ter dormido, e Nem fui ver o sol se por Abraçado com minha alma Na jaula do predador! Essa é a vida de quem tenta De quem trampa e não lamenta Esse é o dez por cento Que completa os noventa Que não anda com as pernas e não Falam com a boca E com dó, ré mi, fa e sozinho eu faço Muito mais e do melhor! Ó, jow, faço show com meu flow Entrada franca Pelos bro, pelo rap, pela primeira palavra E por acreditou quando nem eu acreditava Tem quem pense em por, tem que repense o par! A chuva chora o dia morto e minha mente é Alto mar, cade o porto? O conforto, o salva vidas ta de férias Me deixaram naufragar! São prazeres virais Sorrisos e carnavais E o foco da missão Os noia já nem lembram mais São prazeres virais Sorrisos e carnavais E o que devia ser eterno Nem quem vive lembra mais E eu sei que devia tá storm Porque o corre da mente é conforme O informe do sonho no corpo: Um porre! No toque da igreja recolhe os pertence Pertence vendido na esquina é o produto Que mais gera lucro na frança! Tô sem esperança! E a cortina balança Na dança da madruga fria Vazia, seguindo canção! Como um ponto que queima no escuro É, a ponta que aponta o caminho Seguro E o pulso que pulsa o sangue impuro Que escorre da pele e toca o chão Eu abraço o espaço mais curto, no furto Impuro, na cura da causa! No surto a loucura pede o silencio da pausa! E é por isso que eu cuspo a levada Rasa, sem atraso, amaldiçoada! Terreno assombrado é minha mente drogada! Descaso é visita na casa do lado Aliado ao futuro inseguro eu caminho E o passado é visita surpresa! Vizinho visando a fama do game Do rap: O cara fodido, iludido e perdido Na cena que encena bandido em cinema Movido ao sistema que é tema de curso No discurso que julga meu rap sem fazer Metade daquilo eu faço caralho! Me sobra talento e eu não perco meu tempo Com otário, mc de primário cuzão! No aperto mão, desvia o olhar No falso sermão, o que mais será?! Um segundo pra eu me perder São dez anos pra eu me encontrar!