Trago em mim um lastro de carne Um corte de vidro Um tambor, um tambor Trago em mim a sombra da casa Uma voz lunar Trago a noite, o abraço, o cobertor Trago notas soltas Entre um trago e outro Trago a relembrança do teu gosto Trago muitas rezas Cidade sem mar Primitiva célula pegando fogo, fogo Trago uma vontade nascendo num peito vencido Ido tão doído e contente, como tenho sido Trago a dança e gasta a sandália, o avesso da lâmpada Onde sou matéria, pedra, bicho, homem e criança Trago tanto, quanto? Cadê? O condão de fazer nascer