Vivemos nesses dias disfarçando nosso olhar Ao cronômetro da vida que está prestes a zerar Vejo o sol a terra e o mar, nossa vida nosso lar Os fantasmas nas ruínas da sede de dominar O que nos custou a construir, o que nos resta pra cuidar. O que nós vamos dizer quando a próxima geração chegar Como vamos explicar? O que vamos lhes dizer? Destruímos o seu mundo então se vira pra viver? Não haverá mais paz Não basta ter idéias é preciso funcionar Sempre que se lembrar Da própria extinção que ajudou a planejar Não haverá mais paz A paz na consciência pra que possa se lembrar De que você esteve aqui, mas não deixou a sua cama, Pouco importa o amanhã onde vamos estar. E aqui estamos nós vitimas dessa coalizão Dessa sede de poder concentrada em uma só nação Em suas cabeças infernais, procurando em seus planos banais Novas formas de dominar nossas reservas naturais. Quantos mais irão gritar? quantos irão agoniar? Quantas lágrimas secaram censuradas de chorar? No dilúvio desse mar de inconsciência desse ser Que se chama ser humano ou pelo menos deveria ser..... Assim uma chance surge para adiar o fim Do que vem pra mim Vou me proteger, quem sabe assim o tempo passa pra que eu possa ver Que o que nos resta é o que temos que buscar Mas então por que tudo o que temos Insistimos em renegar....