Eu tô de cara com todo esse lixo de ganhar Que a maioria só se faz de difícil, isso é vício É sempre um jogando outro pra trás Com aquela velha ilusão De quem tem grana pode mais Às vezes penso estar no mundo errado Quando eu saio pela rua e vejo os velho irritado Porque eu não me encaixo na sociedade padrão Sou Charlie Brown, cabeludo e largado Mãe, eles não mudam Nunca vão mudar Olha o carro da polícia, eu saí sem documento Mas eles não vão poder me prender E eu sei bem onde eu piso Tenho um pouco de juízo Só que às vezes dá na telha e Ah, quer saber? Fomos dar uma banda na cidade Só pra tirar uma pira Curtir as gatinhas De boa, na minha Sem incomodar ninguém Tenho sangue de barata, mano Então não embaça, volta pra casa Vai, vai, vaza, vaza Que hoje a noite vai ter festa lá em casa Avisa que os mané não vão entrar Então para Ou senão paga pra ver Jogo a mão na tua cara Você não vai esquecer Então para Ou senão paga pra ver Jogo a mão na tua cara Você não vai esquecer Um dia eu acordei achando Que eu sabia o que eu queria da vida E sem ao menos saber o que era vida Levantei da cama, me arrumei, tomei meu café E fui trabalhar No caminho ainda dei uma refletida Coloquei meu fone E as músicas que eu ouvia naquela época Me motivavam a ter um carro Uma mulher bonita e uma casa na praia Um diploma de faculdade Um emprego no banco, de terno e gravata Sem a menor vocação pra essa área Pensava em dinheiro no bolso Pra conquistar o respeito dos outros Só pra tu ver a pobreza do pensamento Cheguei no trabalho, mais um café Sentei na cadeira que fode com as costas As coisa fora do lugar, então primeiro Eu quis organizar Mas só que logo chegou um maluco estúpido Nem deu bom dia, veio na correria Queria que eu voasse no tempo pra agilizar Sua partida, sem tolerância. Sem empatia E a partir daí ele acabou com o meu dia Tenho certeza que também não sabia Que o respeito não se conquista com a ignorância E é isso que nos aproxima no final Da nossa existência