Quando a voz não é o bastante Quando o som nada traduz Quando a letra ressoa pálida A música pede alma O sentir pede verdade Em emoções de outros tempos Em notas suspiradas Mais forte que a morte Mais perene que a vida Quando a alma é mais Que vontades, que desejos Vem da ânsia peregrina Que tateia a escuridão Na noite das primeiras eras Rumo ao febril e inevitável Destino irrecusável Angelitude sensorial Neste instante Num breve momento A música se faz uníssona Desvendando o sentimento Ante o infinito de emoções E então encontra plena Em seu profundo mais estranho A alma de seus tons E com ela se enamora Para em único ser agora Singrar os céus de outrora Mas, por fim, feliz Feliz