Ó Terra, mãe devotada A ti, nosso eterno preito De gratidão, de respeito Na vida espiritual! Que o Pai de Graça Infinita Te santifique a grandeza E abençoe a natureza Do teu seio maternal! Quando errávamos aflitos No abismo de sombra densa Reformaste-nos a crença No dia renovador Envolveste-nos, bondosa Nos teus fluidos de agasalho Reservaste-nos trabalho Na divina lei do amor Suportaste-nos sem queixa O menosprezo impensado No sublime apostolado De terno e infinito bem Em resposta aos nossos crimes Abriste nosso futuro Desde as trevas do chão duro Aos templos de luz do Além Em teus campos de trabalho No transcurso de mil vidas Saramos negras feridas Tivemos lições de escol Nas tuas correntes santas De amor e renascimento Nosso escuro pensamento Vestiu-se de claro Sol Ó Terra, mãe devotada A ti, nosso eterno preito De gratidão, de respeito Na vida espiritual! Que o Pai de Graça Infinita Te santifique a grandeza E abençoe a natureza Do teu seio maternal! Agradecemos-te a benção Da vida que nos emprestas Teus rios, tuas florestas Teus horizontes de anil Tuas árvores augustas Tuas cidades frementes Tuas flores inocentes Do campo primaveril! Agradecemos-te as dores Que, generosa, nos deste Para a jornada celeste Na montanha de ascensão Pelas lágrimas pungentes Pelos pungentes espinhos Pelas pedras dos caminhos Nosso amor e gratidão! Em troca dos sofrimentos Das ânsias, dos pesadelos Recebemos-te os desvelos De mãe de crentes e incréus Sê bendita para sempre Com tuas chagas e cruzes! Ás aflições que produzes! São alegrias nos cếus Ó Terra, mãe devotada A ti, nosso eterno preito De gratidão, de respeito Na vida espiritual! Que o Pai de Graça Infinita Te santifique a grandeza E abençoe a natureza Do teu seio maternal!