De ta pudeur à moi il y a quatre boutons de bois Qui cachent ton corps à toi Ta chemise de soie Glissants à tes talons Deux petits ronds bien droits S'étonnent d'avoir froid Tu es nu devant moi Comme le serait une fille Et la pudeur te va Quand je te déshabille Tu es beau devant moi Quand à tes lèvres brillent Un peu de ton émoi Que ta langue éparpille Enroulée, caressant De ton corps les contours Mes doigts vont, s'empressant En retracer le tour Effleurer les limites Enveloppe que l'âme excite Ton joli coeur s'agite Dans ce corps qui palpite Tu es ce beau dessin Que je trace sans fin Respectant et le grain Et les creux et les pleins A la petit écuelle Je pose enfin ma bouche Mes narines se couchent Aux formes de ton aisselle De ta pudeur à moi il y a quatre boutons de bois Qui cachent ton corps à toi Ta chemise de soie Glissants à tes talons Deux petits ronds bien droits S'étonnent d'avoir froid Je rends grâce à ces gens Qui te donnèrent la vie Et m'offrirent le moment de te voir nu ici de t'avoir nu ici Contre moi à l'instant Pour ma plus belle envie Ce corps maintenant brûlant Et tu ne bouges Et je ne bouge plus Ton visage de profil Et le cou long tendu Mes lèvres sur tes cils Et les tiennes fendues Et je ne bouge pas Et tu ne bouges plus Si ta pudeur à froid Quatre petits boutons Quatre boutons de bois Refermeront tout ça Une chemise de soie Couvrant ton corps à toi Deux petits boutons droits Tairont tes jeux à toi De seu pudor até mim Há quatro botões de madeira Que escondem o corpo teu Sua camisa de seda Escorregadios até seus calcanhares Dois pequenos círculos bem certinhos Se admiram de ter frio Você está nu na minha frente Como estaria uma moça E o pudor te cai bem Quando tiro sua roupa Você está lindo na minha frente Quando brilham nos seus lábios Um pouco de sua agitação Que sua língua esparrama Enrolada, acarinhando De seu corpo os contornos Meus dedos vão se apressando Em retraçar a volta Tocar os limites Capa que a alma excita Seu bonito coração se agita Nesse corpo que palpita Você é esse lindo desenho Que eu traço sem fim Respeitando as pintas E os vazios e os cheios Na tigelinha Eu ponho enfim minha boca Minhas narinas se deitam Às formas de tua axila De seu pudor até mim Há quatro botões de madeira Que escondem o corpo teu Sua camisa de seda Escorregadios até seus calcanhares Dois pequenos círculos bem certinhos Se admiram de ter frio Eu dou graças a essas pessoas Que te deram a vida E me ofereceram o momento De te ver nu aqui De te ter nu aqui Contra mim nesse instante Para minha mais bela vontade Esse corpo agora ardente E você não se mexe E eu não me mexo mais Teu rosto de perfil E o pescoço longo estendido Meus lábios sobre teus cílios E os seus entreabertos E eu não me mexo E você não se mexe mais Se seu pudor tem frio Quatro pequenos botões Quatro botões de madeira Recobrirão tudo isso Uma camisa de seda Cobrindo o corpo teu Dois pequenos botões certinhos Calarão os jogos teus