Te observar de longe, meu olhar encontra o teu Pá, pá, pá ra ra pá pá, é o silêncio que pesa no tempo que eu gasto aqui Em não me aproximar Da janela, meus sonhos, amiúde, se perdem no ar Peço ajuda do vento pra levá-los aí Te acompanhar em cada trajeto diário que você faz Faz-me lembrar que meu olhar cobra Te acompanhar em qualquer manobra Que a sua vida der Se você se dispuser, eu vou cuidar Monitorar tua dor e impedi-la de crescer Como um turbilhão, o mundo externo vem me incomodar E é quando o meu olhar se desprende do teu Ela vem me reclamar que o tempo não tá bom, que a roupa não secou Que eu não paguei as contas desse mês O que cê faz parado aí, calado aí? E quando eu volto a te procurar você não tá mais lá Não tá mais lá Quem dirá, nunca estivesse, então?