Eu sou um nordestino Trabalhador do Sol Eu tiro o meu sustento Compro Meu alimento com meu suor Eu sigo o meu caminho Tô indo trabalhar Todo dia planta uma esperança Pra poder não sonhar São Pedro por favou Não não faça eu chorar Minha família ainda mal Cuide do meu milharal Para poder nos sustentar Eu vou colher o amor Eu vou plantar minha fé Pra curar minha dor E O fogareiro, cadê? A chama se apagou O nosso açude secou A tapioca acabou, vamos chorar? Eu pego o meu cavalo E vou no ritmo do sertão Rezando pelas marcas Deixadas na pele pelo sertão Mar azul de solidão Não chove, chove Não chove não! Mar azul de solidão Não chove, chove Não chove no meu sertão! Mar azul de solidão!