Caminhos tortuosos da cidade Eu sigo sozinho Reflito com meus pinos Dentro do fone um sonzinho Olho olhares Que cruzam olhares Cada um com sua batalha interna Procurando seus lugares Meu pote de ideias nunca está vazio A rua é minha cartilha E nela vejo meus objetivos Enquanto isso Impostos abusivos O estado que rege a casa Na falta de compromisso Atrás dos cifrões Falam eloquentemente Com a boca cheia de dente Assim mantém o corpo social mais coerente A ambição esta no sangue e isso vem Destruindo toda essência da gente Mas olha só Quem te preocuparia Se as empresas pregam A total misoginia Meus Deus quem diria Gastando antologias E a burocracia É só mais um argumento Contra os índios de Altamira Se minha mira é alta Muito mais alta a da matilha Mas enquanto isso Eu faço música na picadilha Ideologia traz a tona a profecia E aqui ainda vejo almas Que anseiam uma nova vida Orientar a multidão Essa é a fita Eu vou fazer valer o que eu aprendi na periferia Minha poesia fluindo Em cima das linhas Me mostram o caminho Pra que eu saia dessa lúdica magia E ser muito mais eficaz Desde uns tempos atrás Eles vendem o ódio Para corromper a nossa paz O povo não aguenta mais Vivemos de falácias Pra que eles continuem Tendo muito mais Eu me questiono Ante a destroços culturais Conquistar meu sonho Sem ferir a paz jamais Nas ruas as pessoas são iguais Não se olham mais Todos os seus sonhos foram Deixados pra traz Faça o que te de sentido Faça com espírito Não deixe se abduzir Pelos seus compromissos Porque afinal ninguém ta nem ai com isso O ser humano em sua alma tem o dom divino Assim eu sigo THC princípio ativo Fluindo em minha mente Falo neuroses rindo Sentimento e sentido Emoções no mic eu rimo Assim vou registrando Tudo aquilo que eu vivo Se a guerra no Iraque foi ideia Que pai e filho Entendo, observo e digo Que algumas pessoas são Lindas poesias e em outros só ouço ruído Algumas pessoas são lindas poesias E em outras só ouço ruído Tal crise moral mundana Que vou esculachar no sapatinho Enquanto seus vizinho todos infelizes iludidos Sentados num aconchegante sofazinho Entorpecendo seus sentidos Pelo sensacionalismo corrosivo Mostrando que Tudo não passará de mera ilusões Para quem não se encaixa nos altos padrões Enquanto riem seus patrões E o mundo continua mudo Fala pra nós quem pagará por isso tudo Se o estado brasileiro no momento é luto O poder está na mão daqueles Que só querem jogar sujo Interesse oculto O povo se mantém feliz com a pintura do ouro fajuto Cultura ocidental apodrecendo frutos Mas mesmo assim não vou mudar de assunto Alguns pedem para Deus E outros só querem o sono dos justos