"eu conto histórias das quebradas do mundarel Lá de onde os ventos encosta o lixa e as pragas Bota os ovos, fala da gente que sempre pega a pior Que come da banda podre, que mora na beira do rio E quase se afoga toda vez que chove e que só berra Da geral sem nunca influir no resultado. Falo desse gente que transa pelos estreitos escambosos Esquesitos caminhos do roçado do bom deus. Falo desse povão que apesar de tudo é generoso, apaixonado Alegre e esperançoso e crente numa existência melhor na Paz de oxalá, quem quiser saber meu nome não precisa nem Pergunta, eu me chamo..."ogi Grave este nome e as crônicas da cidade cinza. Era uma cidade com nome de santo Que atraia a todos pra nela morar E nessa cidade com nome de santo Foi onde eu nasci e aprendi a sambar Eu já conheço bem seu jeito Eu conheço como a palma da mão Eu sei bem que ela tem defeitos Mas trago ela no meu coração Essa tal cidade ela é muito gigante Tem arranhacéus e fumaça no ar Essa tal cidade é tão intrigante Ela faz sorrir mais também faz chorar Quem não conhece bem tem medo Se assusta com a sua imensidão Mas eu vou desvendar os seus segredos Nos próximos fatos que virão Quem não conhece bem tem medo Se assusta com a sua imensidão Vou aqui desvendar os seus segredos Nos próximos fatos que virão