Sou da noite a triste lágrima O falso sorriso já não esconde as minhas mágoas Perdido em acordes da tua canção póstuma Domado pelo frenesi de uma mente já cansada Velo o teu corpo, mergulhado pelo desgosto O que seria a morte? A queda ou um voo? Lágrimas escorrem, minha melancolia Canto junto a chuva, do silêncio à poesia Versos não devolvem, o amor que eu vivia Sangro sob um papel manchado, do silêncio à poesia Visto o meu abismo, a beira do precipício Não encontro as flores, eu sou feita de espinhos Mato a mim mesmo, me despedindo da tua beleza Quisera eu ter te alcançado antes, te salvado desta frieza A chuva chegou a tempo, ouço tua voz em pensamentos Ante teu corpo imóvel, soluço ao mármore lacrado Lágrimas escorrem, minha melancolia Canto junto a chuva, do silêncio à poesia Versos não devolvem, o amor que eu vivia Sangro sob um papel manchado, do silêncio à poesia O teu corpo desce, corre fortes ventos E o ensurdecedor grito do silêncio Por um breve momento sinto o relógio parar Ouço choros ao redor e eu já me sinto tão só Agora só te resta continuar, fingindo sobreviver Sem me esperar