Há fome nas vielas Alimentando as feridas Há facas nas costelas Sangrando cada vida Nas entranhas da morte Vários se perderam Presos ao frio mármore Unidos pelo desespero Presos ao celeiro Banhados pelo desespero Todos vestem cinza Enfileirados pela ilusão Cegos para a guilhotina Cada existência é em vão Acorrentados pelo conforto Invisual para a realidade A vida não é um presente É um abismo de calamidade Presos ao celeiro Banhados pelo desespero