Preso num loop infinito, processo então frito Eu sou o seis triplo, seis zero onde eu fico Meu rito começa, na treva onde habito Vomito fluído na festa Não me interessa tampouco me importa Tem no pescoço uma corda que acorda do sonho Disponho de droga concorda comigo Eu não ligo uma foda pra nada Foda-se a fama faminto por sangue A noite me chama ela sabe meu nome De longe observo esses servos escravos Com pratos de vermes servidos por ratos Tá na hora de morrer, lenta dolorosa e glamorosa ela vai ser Só mina trevosa que se entrosa no rolê Se você quer tomar droga nós descola pra você Conto palmos somam sete Rasgo um salmo e bolo um beck Enquanto meu cinzeiro fede Você tenta e não consegue ver o rosto na neblina Papel posto na gengiva, gasolina na saliva Só pirofagia com a pupila igual um pila Na papila gustativa cafeína nicotina e alcatrão Só morte me fascina, minha urina me incrimina Medicina consumida multiplica o meu cifrão Cidade fantasma estraga a teia de uma aranha Quero derramar o plasma mas a veia nunca sangra Só da boa que acalma só minha sombra me acompanha Traguei tanta toxina nada limpa a minha entranha Ando sempre liso me arrastando pelo piso Nesse precipício, me entorpeço esse é meu vício Crucifixo no lixo, morte lenta, sacrifício Caio no planeta no cometa suicídio