Explode o lindeiro arromba o muro a força um serafim Crianças mortas, cacos, velhos, restos de mulheres, mães Galinhas, homens, jovens escolares em uniformes de padrão sangue Fumaça e gente explodem fiascos Faíscas de coisas e pedaços aõs Morenas mulheres tostam feito astros E esses tostam feito homens que são Três rachaduras na paredede barro Trás o pigarro, a sede Baleia já morreu de fome E a gente come o cachorro na ceia E espera a garoa que voa pra longe E a gente é de onde? Na tiborda imenda tapa o fundo O foguin esquenta o mantimento E os graozin sao pouco, minha mae Traz caneco dagua praumentá Agua vem da vala, beira cerca Se tem mato arranca e faz foguera Que didia o sol rebenta a terra E de noite o frio assola a nuca Seja sempre boa, minha filha Que assim um dia o pai do ceu Não deixa comida a ti faltar