Um punhado de cinzas da tripulação derrotada, larará Uma peça de prata que naufragou nessa jornada, larará Dos mares navegados, uma gota de cada, larará Eu uma taça do sangue de quem ousar o ritual dessa vil profecia Navegar em um mar de verdades é bem mais difícil Diz o timoneiro que despista as mentiras Numa calmaria sem rumo, já sem forças para remar As brumas cegavam os olhos que já nada podiam avistar Um fio de esperança surgia ao ouvir um marujo gritar Do cesto da gávea ele via a silhueta de alguém a acenar Enquanto a névoa se abria a figura crescia em um rochedo no mar Sentada no alto de tudo, as palavras da bruxa ecoavam no ar Levados por sua magia, tiramos a velha daquele lugar E em troca ela nos levaria a um paraíso perdido no mar Hey! Seguindo sua profecia, começamos a batalhar E muitos navios nós queimamos e recuperamos tesouros do mar Esgotamos águas conhecidas, desbravamos os mares de trás E tantos marujos predemos, cumprindo as tarefas sem paz E então com a jornada cumprida esperamos o prêmio que nos prometeu A velha nos olhos nos olhos, negou a promessa, disse que esqueceu Guiou nosso barco por águas tão desconhecidas, ninguém conheceu E desembarcou de repente fazendo um aceno: Otários adeus! Um punhado de cinzas da tripulação derrotada, larará Uma peça de prata que naufragou nessa jornada, larará Dos mares navegados... Ahrr, mas essa velha de novo?