Essa é uma lenda do sertão que uma vez eu ouvi falar Lá nas terras do meu avó, lá nas bandas do juazeiro Onde cabra frouxo é quem morria primeiro E o cangaço que botava pra lascar Naquele tempo apareceu um tal de Zé bedé gueba Cabra macho corajoso, não perdia peleja Não vacilava na peixeira, vivia so pra brigar Gostava de uma cachaça e de uma mulher pra farrear Zé bedegueba - decidiu entrar para o cangaço Zé bedegueba - logo, logose tornouo rei do aço Zé bedegueba - no cangaço foi criando fama Até o dia que cruzou com os olhos de Damiana Mas Zé bedegueba não podia imaginar Que Damiana fosse da polícia militar E estava tudo preparado para uma emboscada Que foi armada por Damiana a delegada VEJA BEM, VEJA BEM QUE FIQUE NA SUA MEMORIA QUE A MORAL DESSA ESTÓRIA É QUE A VINGANÇA NÃO CONVÉM, NÃO! Era a primeira vez que Zé tinha se apaixonado E deu azar coitado foi logo por um soldado Coitado não pois Zé não merecia pena Muito menos ele teve com a Madalena Pegava a cabeça dela e danava na parede Não dava de comer e quando deitava ela na rede Queria tudo do melhor : quisuco, água de coco Macaxeira, Carne assada e cafuné no pescoço Zé bedegueba - achava que as mulheres eram objeto Zé bedegueba - com Damiana tomou direto e reto Zé bedegueba - não estava mais com a bola cheia Pois agora passava os dias dentro da cadeia Zé bedegueba se sentia ofendido Tava enquadrado e com o coração partido Foi quando ele fez a tal promessa para Santana "Quando eu sair eu vou matar Damiana" Até o dia de noite no meio de um nevoeiro Zé bedegueba conseguiu fugir do cativeiro E foi correndo atrás de Damiana Pra se vingar da delegada que lhe meteu em cana Mas damiana tava armada e disse pode vim Ainda não apareceu um macho pra dar jeito em mim Zé bedegueba disse apois eu sou o primeiro Vai apanhar tanto que vai me pedir peleja de joelho Mas Damiana tava armada com uma carabina Mirou bem nos ovos de Zé e atirou em cima E ali findou a vida do valente do cangaço, morreu feito veado Sem ser fêmea e sem ser macho!