Viajando por cidades e achando Caminhos que já estavam perdidos a eras Um andarilho encontra árvores com raízes No próprio centro da Terra A luz do Sol descia lentamente Entre as folhas verdes que a tragavam E o tempo parecia mesmo relativo Para todos aqueles que observavam As folhas de outono caíam Com pouca ou nenhuma velocidade Mauro via as coisas acontecendo Como se não houvesse gravidade À meia noite Mauro Nunes ouviu gritos Dos galhos que levavam para o infinito O vento, as aves, seu terror era bonito E criaturas cujos olhos brilham Aparecem toda noite Sussurram coisas incompreensíveis Pedindo, implorando minha vida Num pesadelo quase sem saída E não pudemos mais dormir À noite tudo era mágico Desde que tivessem estrelas no céu Sentados ao redor de uma fogueira Que queimava o passado Estrelas cadentes e constelações Ofuscadas na cidade Agora estava tudo à frente E as emoções eram sentidas de verdade O fogo parecia estar tomando forma de um Leão selvagem Mauro não se lembrava de mais nada Que pudesse retirar sua coragem Às vezes caminhando sua consciência Perdida, se encontrava em outra frequencia E despertava em seus estados de emergência O tempo cobra mas ele resiste À carência de lembranças As cinzas do passado são eternas O seu Leão agora olhava sempre O horizonte sem dizer palavras Eu não me sinto mais feliz