Uma das luzes esqueceu de se apagar Nuvens passageiras fazem sombra em um lugar Onde cães latindo pela noite sempre trazem a notícia De que algo aconteceu, mas nada fazem seus donos conformados Sentados em poltronas, nem um pouco preocupados Com algo que não vai interromper a sua zona de conforto bem na frente da tv Uma das vozes esqueceu de se calar Nuvens traiçoeiras jogam chuva em um lugar Onde vidas e famílias se desfazem E a matilha de andarilhos que nunca se satisfazem Com seu olhar de bom samaritano Que não ajuda a alimentar um outro ser humano Mas todo mundo só quer fazer o bem Quando não recebe mais afeto de ninguém Ah, tanto faz, eu moro nos subúrbios da cidade! Os crimes que você contempla quando passam nos jornais Aqui eles acontecem de verdade! A filha do vizinho desapareceu, ninguém sabe o que aconteceu! Os senhores não tem tempo pra ensinar As crianças nunca vão aprender a se importar Uma das filhas não está mais no seu lar E tantas famílias que fingem se preocupar já desistem, pouco tempo de procura Alguns choram, outros culpam ela por ser imatura Mas a garota buscava liberdade longe de toda essa hipocrisia da cidade Essa noite chove, mas ninguém aceita que essa chuva seja brincadeira do acaso Noites chuvosas escondendo gente má Ruas perigosas não te impedem de passar por esquinas escuras ou um beco aleatório Pra tentar se convencer de que o perigo é ilusório Mas nos subúrbios fazemos caridade de medo inveja crime depressão e falsidade Ah, tanto faz, eu moro nos subúrbios da cidade! Os crimes que você contempla quando passam nos jornais Aqui eles acontecem de verdade! A filha do vizinho desapareceu, ninguém sabe o que aconteceu! Os senhores não tem tempo pra ensinar, as crianças nunca vão aprender a se importar