Leve e fraco como uma criança Estou em seu braço, a mão não alcança O fruto da vida no galho mais alto E você me criou lá dentro O que acontece lá do outro lado? Ela te pergunta de olhos fechados Você sabe o quanto dói Mas sabe o quanto ela te entende Com sua pele clara Com um hálito de inverno Ela apaga o sofrimento da memória Um rosto sonolento Entre rosas entre velas A primeira a ver o sangue ir embora Ela se deita num campo de flores Sem roupas e longe de todas as dores Seringas e resto de vinho barato E você me criou lá dentro Com medo de tudo com medo do nada Você fica mudo pois ela te agrada Tão bela enquanto está bem afiada E limpa por um momento O vento queima e arde Ela fica até mais tarde Abraçando as flores e os seus espinhos Dançando no escuro O Cosmo ergue vários muros Alcançando as cores pelos meus caminhos