Agora corre que eu entrei em cena Leão gladiador invadindo a arena Pode corre maluco que eu vim pra ganhar O predador do rei pronto pra atacar Um filho de Deus invadindo o cenário De jaqueta, touca azul, calça larga e bem armado Atacando o sistema batendo de frente Pode corre maluco que eu defendo essa gente Que rala de janeiro a janeiro Que come arroz sem carne sem ter nenhum direito Eu vivencio os problemas da favela Descaso drogas preconceito estamos falando dela Vejo crianças jogadas no lixão Encontradas em estado de decomposição Cadê a lei que maldito mundão Crimes em primeiro grau e os culpados onde esta Tomando wisk jogando bilhar Vê o descaso do meu povo e finge nem notar Esse algum se revolta é tiro é cadeia E dizem que reclamamos de barriga cheia Cheia sim de vento de verme De fome a noticia mais um no IML Mentindo a mídia morreu de overdose E assim na calada o povo pobre morre Bandido notório entrando em cena cara nós temos gloks e AKs engatilhadas gangs de atitude para fuder com estes canalhas pode correr maluco que os loucos estão na area aqui é o camundongo entrando em cena cara gangster louco para fuder com a turma da gravata eu tenho a pt 40 que sua cabeça estraçalha e tenho uma gang de bandidos lá da area Veja crianças brincando no esgoto Que desse a céu aberto nos dando maior desgosto Que cai no córrego que a chiqueiro A policia na calada preparando um enterro As crianças sobem correndo sem saber o seu destino Serem traficantes na quebrada e futuro destes meninos Mas que com certeza não passão dos dezesseis O prejuízo deles é o lucro do burguês Morrer na mão da policia ou da fome que aperta Dificilmente alguém vive muito morando na favela Nunca vi um favelado no comercial do Gran Ville Só catando lixo no esgoto do Alfa Ville Disputando comida com cães E acaba num caixão velado pela sua mãe Enquanto isso no palanque o castelo de promessa Filhos da puta sem vergonha raça ruim que não presta Diz que vê o problema e que tem a solução Mas se esqueceu de tudo depois da eleição No acampamento três dias na fila do cais O cidadão se relembra das promessas E se revolta ainda mais Mas não faz nada porque teme própria morte Que caminha para cima batendo no escudo Querendo beber seu sangue é mais um Ganbe corrupto Um trouxa calça frouxa alienado Que fora desta farda volta a ser um favelado No meu show pede autografo fica de quatro Mama no meu cacete e oferece o rabo Eu sou o sangue de apê aparecida pode crê Na favela eu nasci e nela eu vou morrer Mas nem por isso vou ficar calado Porque sou gladiador bandido notório, ta ligado