E há quem venha dizer que sou vagabundo Sim, sou senhor do meu rumo Assumo meu viver Ando sim noite afora Durmo em praça a qualquer hora Levanto e trago meu varal Ando e bebo enquanto esbarro Corro, seco meu cigarro Que molhou no temporal Sou poeta marginal Se tu não entende isso Tira o teu desdém barato E volta pro teu compromisso E do Ferreira eu tenho a praça No Dragão encontro a massa Que até pouco a mãe ninava Sigo sem métrica alguma Come, dorme, toma a tua! Que amanhã eu faço nada Eu faço nada