Quero que você não exista mais Para que eu possa olhar para trás E não me arrepender Por te desperdiçar Na minha ingenuidade Na minha incapacidade de amar Sangra, branca. Sangra em mim. Se funde em mim. Para eu saber que sou metade Um protótipo de um homem Que se permite só em partes Que se preocupa com a idade Que só mergulha até a cintura Bebe refrigerante light Tem vergonha de dançar É um hóspede do quase Sangra, branca. Sangra em mim. Se funde em mim. Se fode em mim. Mas mesmo assim Eu daria metade de mim A metade que me resta Para poder voltar atrás e ser eu mesmo por inteiro Ser o que te satisfaz O epicentro do arrepio O motivo da saudade Ser teu jeito de estar Não ter mais medo nem vaidade de mais Sangra, branca. Sangra em mim. Se funde em mim.