Esta é para ti porque sim. Porque cheguei a casa e senti porque sinto o vento da mudança a dançar para mim: é que este vem de ti. Vem de ti porque sim. Esta é para ti porque sim. Porque cheguei a casa e sem ti já me sinto incapaz de crer no que vejo crescer da soma destes dias, e dias, e dias, e dias… Dava-te tudo se tudo fosse pra teu bem, dava-te a vida se a minha vida valesse um dia nosso. Dava-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim, se o não tivesse perdido ao perceber que a melhor parte de nós não nos obedece. Mas mesmo assim… Esta é para ti porque sim. Porque cheguei a casa, e então vi que me sinto finalmente pronto a aceitar que até há coisas que são assim. Só assim: porque sim. Esta é para ti porque sim. Por ser para ti o riso que ri dentro de mim. Pobre ilusão… Ainda assim vai resistindo dias, e dias, e dias, e dias… Dava-te tudo se tudo fosse pra teu bem. Dava-te a vida se a tua vida pedisse um dia nosso. Dav-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim, se não tivesse perdido de vez a noção do que ainda posso e do que já não posso. Mas mesmo assim… Esta é para ti porque sim. Porque cheguei a casa e senti porque sinto o vento da mudança a dançar para mim: é que este vem de ti. Vem de ti porque sim… Ou esta é para mim? Porque não para mim? Tu és só uma ideia - tu não és mesmo assim - que em qualquer uma encaixo se pensar porque sim. OK, não minto mais: esta é para mim. Dava-te tudo se tudo fosse pra meu bem, dava-te a vida se a minha vida pedisse algo de nosso. Dava-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim, se o não tivesse deitado fora ao ver que a melhor parte de nós de nada nos serve. Ainda assim…