Tenho livros e papeis espalhados pelo chão. A poeira duma vida deve ter algum sentido: Uma pista, um sinal de qualquer recordação, Uma frase onde te encontre e me deixe comovido. Guardo na palma da mão o calor dos objectos Com as datas e locais, por que brincas, por que ris E depois o arrepio, a memória dos afectos Mmmmmm Que me deixa mais feliz. Deixa-te ficar na minha casa. Há janelas que tu não abriste. O luar espera por ti Quando for a maré vasa. E ainda tens que me dizer Porque é que nunca partiste... Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade Onde fazia de conta que escapava do presente, Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade. Huuum Afinal, eternamente. Deixa-te ficar na minha casa. Há janelas que tu não abriste. Deixa-te ficar na minha casa. Há janelas que tu não abriste. O luar espera por ti Quando for a maré vasa. E ainda tens que me dizer Porque é que nunca partiste...