Já não percorro contente Os campos da minha terra Já nem me aquece a luz quente Das tardes de Salvaterra Fugiu-me o sol da ventura Do céu da minha ilusão E a voz de Deus noite escura Caiu no meu coração Ó Ribatejo Pai do meu Tejo Já te não vejo Sempre a cantar Os horizontes Rios e fontes Prados e montes Sinto a chorar Toda a beleza da natureza Acho tristeza Desolação Como acho negro o destino Porque o campino Está na prisão Vivendo a rir mal sabia Que o riso é primo da mágoa E tinha a santa alegria Das gentes da Borda d'Água O amor da mãe enternecida Só me ensinara o prazer Foi já na escola da vida Que eu aprendi a sofrer Ó Ribatejo Pai do meu Tejo Já te não vejo Sempre a cantar Os horizontes Rios e fontes Prados e montes Sinto a chorar Toda a beleza da natureza Acho tristeza Desolação Como acho negro o destino Porque o campino Está na prisão Toda a beleza da natureza Acho tristeza Desolação Como acho negro o destino Porque o campino Está na prisão.