[INTRO] (sample de "Homem do Leme", por Xutos e Pontapés) "Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Para onde vai?" Vou... para um mundo à parte, a mente é o meu Baluarte onde diariamente descarrego a desconfiança dos embarques por travessias em rotas rotineiras de combates no dia-a-dia a raiva torna-se no porta-estandarte A escuridão toma destaque, mas não há quem se adapte disparo para me libertar mas só saiem disparates talvez no inconsciente me tenha trancado a 7 chaves sonhos roubados a saque, logo de súbito! Fiquei para último... sei que fui estúpido a felicidade é uma miragem... já nada é lúcido é difícil abir os olhos para o que me rodeia ás vezes tenho a estranha ideia de que o sol já só encandeia Neste mundo cinzento pintado por cimento sento-me preocupado olho ao redor e penso imensos pensamentos surgem sem cerimónias são eles que no caderno me preenchem várias insónias Consome-as, mas ansiedades voltam a aparecer de tal forma que não me mexo nem para escrever é difícil descrever estes pensamentos sombrios alguns vagos vazios, previsões causam-me calafrios A qualquer preço, movimento-me sem senso como quando nasci ter que dormir na rua e sem berço desde o começo aprendi que a vida não é um jogo e a cada dia que passa é mais difícil manter o fôlego Então sigo e mais ou menos seguro perduro segue uma luz no escuro com orgulho... porque... sou daqueles que se exprime, nunca que se espreme tomo a caneta como leme torno-me no homem que nada teme [REFRAO] "Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Para onde vai?" "Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Uma luz no escuro... Ofusca as demais" Demais, demais, nada é triste demais, quando isto transmite sinais um código oculto existe nos tais que criam e tornam a sua expressão largando imaginaçao para dar motivo a uma motivação Entre a confusão quem acusa não entende ... a razão porque a poesia me prende e tende a ser mais forte, forte rimando contra uma maré em que o azar é a unica sorte Remando neste presente confuso seguir o mesmo percurso que toda a gente eu recuso! e se a realidade se reflectisse pelo o que calço então realço em como andaria sempre descalço Um vagabundo no mundo a vaguear sem rumo as vezes podia-me esforçar mais... ok! eu assumo! escrevendo no papel como quem escreve cábulas trago-as e despejo por ondas sonoras algumas máguas Então sigo e mais ou menos seguro perduro segue uma luz no escuro com orgulho... porque... sou daqueles que se exprime nunca que se espreme tomo a caneta como leme torno-me no homem que nada teme [x2] "Uma luz no escuro... Para onde vai? Uma luz no escuro... Ofusca as demais"