Não quero mais me segurar dentro de mim Aceita logo esse fardo De ser quem não se quer, que teimosia Para de julgar tudo que sai naturalmente do seu peito Tenta entender como é bonito o que vem sem querer Sem genialidade nem ar de blasé Sai dessa nóia que isso aqui não é um ringue É só ter suingue e sentimento Pra quê me atormentar quando eu cantar Se eu nasci pra cantar, eu sei Só respirar Pra quando a beleza me olhar Sonhar e não ter medo de então me despir E quando o samba chegar Talvez não seja um samba do guinga e do aldir, mas é meu Nem adianta eu ler poemas do drummond Nasci artista bastardo E quando dou por mim Rezo baixinho Pra chorar nervoso e expurgar toda agonia que eu senti Sendo esse pária que eu pari Tô por aqui e eu quero mais é viver Vou é viver