Se olhos refletem a vida Por que há tempos Os meus são vazios? Precipícios não são mais saídas E fora parece tão frio! Balas não machucam mais E o que dói é já não mais sentir! Se seu desejo que me deixa aqui Só me restam as Balas! Balas! Mostrem quem sou eu! Mostrem quem sou eu! E se as almas fizerem eu sentir Se necessário chorar! Até quando estarei aqui? Buscando não mais estar! Viver buscando aquilo que Não trará um propósito, mas sim um partir! Não entendo porque eu não posso ir Não tenho motivos pra estar aqui! Se as balas são De quem já se foi! Por que os desejos ficam? Por que as almas gritam? Pra ficar! Por quê? Por quê? Não sei distinguir O que é viver de sobreviver! E balas não machucam mais E o que dói é já não mais sentir! Por que seu desejo Me deixa aqui? E a pólvora suja as mãos Que carregam um fuzil Talvez houve um coração Mas hoje é tão vazio E eu não sinto tristeza Eu não sinto ódio Não sinto fraquezas Eu não sinto nada! Eu quero sentir Sentir Sem as As Balas! Balas! Mostrem quem sou eu! Mostrem quem sou eu! E se as almas fizerem eu sentir Se necessário chorar! Até quando estarei aqui? Buscando não mais estar! Gatilhos expressam emoções E suspiros: Tambores vazios! Pólvoras, coronhas, canos e alças Só realçam o meu lado mais som-brio! Não entender o porquê! E se os porquês forem injusto entender! A tênue entre o viver e o morrer Estar vivo traz à tona ser ou não ser! As balas expressam Desejos tão vils! Somos armas, emoções em pavios! Apenas tenho tambores vazios! O réquiem das almas Trazem cantos tão Frios! Balas! Balas! Mostrem quem sou eu! Mostrem quem sou eu! E se as almas fizerem eu sentir! Se necessário chorar! Até quando estarei aqui? Buscando não mais estar! Balas! Balas! Mostrem quem sou eu! Mostrem quem sou eu! E se as almas fizerem eu sentir Se necessário chorar! Até quando estarei aqui? Buscando não mais estar!